Em 2013, observamos um avanço considerável em âmbito mundial de novas plataformas e tecnologias de informação, destacando-se entre elas a “cloud computing”, “Big data”, “social mídias” e todas as ferramentas de mobilidade (os gadgets) que permitem o acesso à internet e seus serviços em qualquer parte do mundo praticamente em todos os momentos da vida.
Essas tendências nos dão sinais do que está para vir no futuro. Para 2014, podemos esperar mais pessoas conectadas e mais abrangência da web em todo o planeta, fruto da universalização dos serviços de telecomunicações – fato que permitirá maior conectividade ainda. Esse ano, por exemplo, superamos a marca de 7 bilhões de linhas de telefones novos ativos no mundo. Tudo bem que tem gente que possui duas ou três, mas a cifra é impressionante mesmo assim.
Nunca se produziu e processou tantas informações na história da humanidade como nos dias atuais. E a tendência é um desenvolvimento maior ainda devido a expansão da capacidade de processamento dos smartphones, computadores, bem como do avanço da computação em nuvem, que permite o armazenamento de todos os conteúdos em um só lugar. Tudo que mencionei acima tem como motor propulsor a infinita ânsia do ser humano de transcender a sua realidade, produzir, ir além, superar-se.
No entanto, há um grande gargalo que precisa ser bem administrado. Me refiro ao desenvolvimento sustentável. Por que é um gargalo? A resposta é simples. Embora o desejo de superação do ser humano seja infinito, os recursos que materializam esse desejo são finitos e limitados. Vejamos. Tudo, seja um smartphone ou um data center da Google, precisa de energia elétrica para funcionar, certo? Toda essa demanda de energia que cresce exponencialmente como a web, que necessitará cada vez mais de energia. Com a escassez do petróleo, cujo o custo tende a ficar cada vez mais caro, não há outra fonte viável de energia para os próximos anos a não ser a energia renovável, obtida a partir de recursos naturais, como sol, ventos e marés.
Outro recurso natural de inestimável valor é o espectro radioelétrico, que como a maior parte dos recursos naturais é escasso, finito e não renovável. Caso não seja administrado com parcimônia e consciência pelos países, operadores de serviços de telecomunicações, toda a estrutura de serviços acima citadas tende a entrar em colapso devido a interferências prejudiciais, que na prática reduzem a qualidade do serviço ou o interrompem, tornando-o indisponível.
A solução para as questões acima levantadas passa por um esforço em conjunto de nações, universidades, empresas, sociedade civil organizada e organizações do terceiro setor. O assunto é complexo e depende da capacidade de entendimento entre os diversos “players” envolvidos. Ao que tudo indica, 2014 será recheado de desafios.
Por Adriano Fachini
Adriano Fachini é empresário do setor de telecomunicações e presidente da Aerbras – Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil.
Sobre a Aerbras:
(11) 2219 0130