Trata-se do sistema ACE3600 de monitoramento e controle de alto rendimento que será utilizado pela primeira vez no Brasil na área de recursos hídricos.

Com o intuito de tornar segura a transmissão de dados referentes aos recursos hídricos no estado da Paraíba, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia (Seirhmact), está estudando a possibilidade de implantar um sistema de rádiocomunicação. Trata-se do sistema ACE3600 de monitoramento e controle de alto rendimento que será utilizado pela primeira vez no Brasil na área de recursos hídricos.

O sistema em análise é utilizado em diversos estados brasileiros e internacionalmente. É o mesmo utilizado hoje pela Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social, composto por softwares e rádios (handtalks), além de outros equipamentos modernos e de última geração (Sistema Tetra), que representou um investimento de mais de R$ 30 milhões em parceria com o Governo Federal.

“Quando eu conheci esse sistema já visualizei a possibilidade de implantarmos a utilização dessa rede, já que a possui eficiência muito grande, para controlar dados referentes aos recursos hídricos. Nós já fazemos isso hoje, só que de uma forma embrionária. Nós temos 122 barragens que são monitoradas pela Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), mas poucas são automatizadas”, destacou o secretário da Seirhmact, João Azevêdo, durante reunião com representantes da Motorola Solutions Brasil.

João Azevêdo ainda destaca que o sistema de rádio comunicação vai reduzir custos para o Governo do Estado. “É a união na verdade de vários segmentos do governo, viabilizando um grande projeto, economizando recursos paro estado, já que a gente vai deixar de pagar a telefonia convencional na transmissão desses dados. Enfim, é extremamente importante e eu espero que logo esse projeto esteja em implantação”, comentou.

Bruno Ramos, engenheiro de sistemas da Motorola, explica como vai funcionar o sistema. “A solução apresentada visa maximizar o uso da rede de rádio comunicação que está sendo implementada no estado através da Secretaria de Segurança Pública. A princípio, essa rede será usada mais para voz, porém ela também pode ser utilizada para dados. Então esse sistema visa justamente entregar capacidade de dados de comunicação para dispositivos de automação e medição ao longo dos recursos hídricos, onde a Aesa tem o interesse de colher dados”, explicou Bruno.

O engenheiro da Motorola também visitou, nessa terça-feira (12), a sala de situação da Aesa em Campina Grande, acompanhado da secretária executiva de Ciência e Tecnologia da Paraíba, Francilene Procópio, e do diretor de Acompanhamento e Controle da Aesa, Porfírio Catão. “Eu percebi que o maior problema no monitoramento das bacias na Paraíba é o da comunicação. Hoje a captação dos dados é feita via 3G, não disponível em todos os lugares, e isso interfere muito nos trabalhos dos técnicos do órgão”, acrescentou Bruno.

Durante dois meses, o sistema de rádio estará em fase de teste. Foi acordado que será feito teste retirando um dos moldenssatelitais ou um moldem que existe hoje em um dos medidores, para que possa ser comprovado o resultado positivo que é a comunicação via rádio desse sistema tetra. Depois do teste, será avaliado qual a necessidade da Aesa implementar o projeto.

A secretária executiva de Ciência e Tecnologia, Francilene Garcia, falou da importância da obtenção de um sistema com essa qualidade para controlar as bacias do nosso Estado: “A Aesa passará a contar com uma transmissão mais eficiente dos dados dos sensores melhorando ainda mais a tomada de decisão. Nós também discutimos, durante a reunião, o início da operação do Laboratório de Desenvolvimento de Soluções para o uso da Tecnologia Tetra de comunicação, uma parceria do Governo do Estado com a Motorola Solutions”.

A reunião com a empresa Motorola Solutions aconteceu na sede da Seirhmact e contou ainda com as presenças do secretário Executivo de Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga, e técnicos da Secretaria de Segurança e Defesa Social.

Secom

Fonte: Diário do Sertão

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