A Polícia Militar do Estado de São Paulo, Instituição Sesquicentenária que tantos bons serviços vem prestando ao longo dos anos a sociedade Paulista, acaba de dar um passo decisivo no combate ao crime. Tendo como principal missão o policiamento ostensivo a Polícia Militar do Estado de São Paulo, possui o desafio de combater o crime no momento em que está acontecendo ou ainda evitar que se pratique o crime coibindo-o, valendo-se para tanto de uma corporação de 100.000 homens em todo o Estado de São Paulo, que com galhardia laboram cotidianamente em nos 627 municípios do Estado de São Paulo. Nesse contexto, esta valorosa corporação conta com uma estrutura composta por três elementos básicos: Homem, arma e rádio. Desses três elementos, o rádio, aparentemente, pode para os leigos ser o menos importante, mas em verdade não o é. Num certo sentido o rádio é a ferramenta mais estratégica, e por vezes, mais vital para o policial que a arma. Explico.
Muitas vezes o Policial Militar, que trabalha nas ruas ao perceber uma atitude ou movimentação suspeita, consegue com o rádio surpreender os meliantes acionando outras viaturas e interceptando-os antes de praticarem o delito. Quem aqui nunca assistiu a série de filmes “Duro de Matar”, onde o policial John Maclaine, sempre rouba um dos rádios dos bandidos e com isso consegue virar um jogo e estar a frente do crime? Assim como no filme, na vida real a informação certa, na hora certa, pode mudar o destino de uma ocorrência, salvando vidas e preservando a integridade física dos cidadãos Paulistas e da Corporação.
Por conta disso, tais equipamentos definidos como de Missão Crítica, são utilizados pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, muito se diferenciando de rádios comuns, sendo mais robustos, resilientes e confiáveis. Todos os equipamentos do sistema não somente os terminais, são projetados para altíssima performance, haja vista a demanda de alto tráfego, que geram milhões de chamadas por dia em todo o Estado. Além dos terminais, rádios móveis e portáteis, todas as características técnicas dos repetidores, links de rádios de dados, redes de cabos óticos, servidores, Switches, antenas, combinadores de sinal, que compõem o site de repetição são superiores em termos de robustez, potência, sensibilidade de recepção, entre outros.
Dessa forma, para o perfeito funcionamento de um sistema de radiocomunicação, do porte do sistema da Polícia Militar de São Paulo, é necessária uma teia enorme composta de diversos subsistemas, sendo que tal rede se espalha por todo o território Paulista, e, necessita de sincronismo e conectividade full time. Mês passado, um dos maiores NOC’s – Network Operation Center, do mundo dedicados a comunicação de missão crítica, foi inaugurado no coração da inteligência da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Através dessa infraestrutura de telecomunicações, todos os principais sistemas que compõem essa rede monumental que trabalham interconectados, em regime 24 x 7, 365 dias por ano, poderão ser monitorados em tempo real, de modo a garantir os mais altos níveis de disponibilidade, confiabilidade e resiliência. Para se ter uma idéia todas as torres de telecomunicações dos principais centros urbanos do Estado terão monitoramento de diversos sistemas em tempo real, permitindo a intervenção técnica corretiva e preventiva em tempos recordes de reparos, tudo isso para que o rádio na mão do policial no momento de uma ocorrência não deixe de funcionar. Tal centro de operações salvará muitas vidas de cidadãos Paulistas e de policiais da corporação.
Concluindo, a Polícia Militar do Estado de São Paulo, dá preciosa lição ao cenário da modernização das telecomunicações na Segurança Pública, ao inaugurar o NOC’s – Network Operation Center, mostrando com atitude uma postura mais humanizada na qual a inteligência vale mais que a força bruta, eis que vivemos a Era da Informação. Dessa forma, demonstra capacidade de atuar com a assertividade atribuída pela coercitidade do Estado, sem jamais perder de vista a premissa do uso moderado da força. Tal postura que garante a integridade do cidadão Paulista e da corporação, tem como Pedra Angular o Estado Democrático de Direito, o Princípio da Legalidade, da Cidadania e dos diretos humanos, bem como possui consonância com as melhores práticas das mais eficazes Polícias do mundo. Tal pensamento, que combina o uso moderado da força, com a inteligência, se coaduna com a sabedoria dos grandes estrategistas da história, seguindo à risca os preceitos do Mestre da estratégia Sun Tzu, que em tempos imemoriais redigiu sua obra imortal A Arte da Guerra, que em essência tinha como grande objetivo a busca da Paz.