O presidente da 4G Americas, Chris Pearson, advertiu que o 5G está nas manchetes dos veículos especializados, mas requer ainda muito tempo para realizar todo o seu potencial. A entidade sustenta ainda que o 5G só será uma realidade se houver espectro para a oferta dos novos serviços. Nesta terça-feira, 11/08, a , publicou uma nota técnica com Recomendações de Espectro 5G, descrevendo os vários fatores influenciando os requisitos de espectro e a necessidade de garantir acesso a várias faixas de espectro.
A nota técnica apresenta uma análise inicial dos desafios e implicações de várias faixas de espectro, os vários fatores que influenciam o licenciamento de espectro e os possíveis avanços tecnológicos garantindo acesso a novas faixas de espectro.
“Com a crescente presença de aplicativos de dados móveis em todas as áreas da sociedade conectada, será muito importante oferecer suporte para o sistema e a arquitetura 5G – e o espectro é essencial para o sucesso futuro das redes LTE e 5G em 2020 e além”, disse Reza Arefi, Diretor de Estratégia de Espectro para o Grupo de Dispositivos e Comunicações da Intel e líder conjunto do grupo de trabalho que produziu a nota técnica. Há pontos de destaques no documento emitido pela 4G Americas:
As bandas de espectro móvel abaixo de 6 GHz serão importantes para a integração dos sistemas 4G e 5G.
As bandas de espectro na faixa acima de 6 GHz oferecem alguns desafios técnicos; mas é possível desenvolver serviços móveis em faixas mais altas com novas soluções de rádio.
As várias bandas necessárias para atender aos requisitos de cobertura e novas capacidades de sistemas 4G e 5G mais avançados.
Frequências menores oferecem características de propagação e cobertura melhores, e suportam a implementação de células macro e células pequenas.
É importante considerar as novas frequências além daquelas tradicionalmente usadas em sistemas celulares, especialmente as frequências acima de 6 GHz.
Essas frequências mais altas podem suportar portadores de maior largura de banda devido ao grande volume de espectro disponível em bandas com comprimento de ondas na faixa de milímetros, proporcionando picos de velocidade de transmissão muito altos
em áreas específicas que exigem muito tráfego de dados.
Os reguladores precisam agir para atender às novas necessidades de espectro, garantir a evolução da tecnologia 4G e apoiar a chegada do 5G, identificando novas faixas de espectro para avaliação pelo ITU- Radiocommunication Sector (ITU-R).
“A 5G é uma evolução e uma revolução, e precisamos aproveitar de todas as fontes de espectro: licenciada, não licenciada e, quando necessário, compartilhada”, disse Anders Svensson, Gerente Principal de Soluções do grupo RAN de Próxima Geração da Ericsson América do Norte e líder conjunto do grupo de trabalho que escreveu a nota técnica.
“Os reguladores e órgãos políticos precisam incentivar os investimentos necessários em pesquisas avançadas no setor sem fio. É importante garantir investimentos em todas as áreas desse ecossistema para criar uma Sociedade Conectada, onde cada pessoa e cada setor pode realizar todo seu potencial”, completou o executivo.